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Como a Toxina Botulínica pode tratar problemas oculares?

A aplicação da toxina botulínica é útil para estrabismo, blefaroespasmo e outras situações que afetam a visão.

Ao longo dos anos, o uso da toxina botulínica se tornou objeto de desejo de muitas mulheres para suavizar as linhas de expressão.

O que muitas pessoas não sabem é que a toxina botulínica não tem como único objetivo a finalidade estética. Ela pode e deve ser utilizada, com indicação médica, no tratamento de doenças oculares.


O Que é a Toxina Botulínica e como ela surgiu?


A toxina botulínica, conhecida popularmente como botox, é produzida a partir da bactéria Clostridium botulinum. Quando consumida, essa bactéria causa uma doença paralisante, o botulismo.

Existem oito variedades diferentes dessa bactéria, porém apenas duas – A e B – são utilizadas clinicamente. Ela é aplicada diretamente no músculo, bloqueando os terminais nervosos e, assim, impedindo a liberação da acetilcolina (substância que transmite mensagens elétricas do cérebro para o músculo), causando a paralisia muscular.


Toxina Botulínica no tratamento de Estrabismo


A toxina botulínica foi aprovada para uso clínico, nos Estados Unidos, em 1989, com o objetivo de tratar o estrabismo. No Brasil, o botox é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para várias indicações diferentes, tanto cosméticas quanto para o tratamento de doenças.

Especificamente no caso de estrabismo, a toxina botulínica é aplicada diretamente no músculo externo do olho com o objetivo de relaxar a área e proporcionar o alinhamento dos olhos (em casos selecionados).

Nestes casos, não é necessário intervenção cirúrgica: o procedimento é menos invasivo, completamente seguro, feito com anestesia local, com duração média de um minuto e com recuperação em pouco tempo.

A aplicação de toxina botulínica em casos de estrabismo pode não proporcionar efeitos tão bons quanto a cirurgia a longo prazo. Ela é indicada pelos médicos para os seguintes casos:

Indivíduos que não possam ser submetidos à anestesia geral;

Pacientes que não tenham indicação para cirurgia;

Estrabismo pós-cirurgia de descolamento de retina;

Hipocorreções e hipercorreções pós-cirúrgicas;

Oftalmopatia subaguda da Doença de Graves;

Desvios de pequenos ângulos;

Paralisias sérias do nervo;

Desvios secundários.


Toxina Botulínica em casos de Blefaroespasmo


O blefaroespasmo é uma doença ocular caracterizada pela contração involuntárias dos músculos ao redor dos olhos. Indivíduos com essa condição piscam de maneira excessiva e têm grande dificuldade em manter os olhos abertos.

Nesses casos, a toxina botulínica é aplicada nos músculos ao redor dos olhos. Ela diminui a contração esses músculos para que o indivíduo consiga manter os olhos abertos com tranquilidade. O procedimento tem duração de cerca de 3 meses e, após esse período, precisa ser refeito.


Cirurgia Plástica Ocular


A Cirurgia Plástica Ocular é a especialidade da oftalmologia responsável por realizar as cirurgias palpebrais e procedimento com foco principal da região periocular (ao redor dos olhos). As cirurgias e procedimentos são indicados para pacientes que possuem problemas nas pálpebras ou nos tecidos que ficam ao redor dos olhos e também com finalidades estéticas.

Indicados para alguns casos específicos:

excesso de pele palpebral que apresentam alterações estéticas ou em casos mais avançados dificuldades visuais

ptose palpebral: quando uma ou ambas as pálpebras apresentam sinais de queda por problemas musculares;

xantelasmas: lesões esbranquiçadas na pele se formam nas pálpebras devido ao acúmulo de lipídios na pele.

Nos casos mencionados acima, a toxina botulínica surge como alternativa para quem possui alguns desses problemas. Contudo, quem deve fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento é sempre o médico oftalmologista.




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